Você que sofre de dor de cabeça, especificamente Enxaqueca, sabe que além da dor física, as enxaquecas estão associadas a custos psicológicos e econômicos significativos.
A enxaqueca é uma doença crônica com manifestações episódicas de sintomas, que requer considerável tomada de decisão no momento para otimizar o manejo da doença
As enxaquecas são caracterizadas por uma dor latejante unilateral intensa, acompanhada por náusea e fotofobia ou fonofobia . Mesmo entre as crises de cefaleia, os enxaquecosos aumentam a sensibilidade à dor.
Uma grande porcentagem de pessoas com enxaqueca é classificada com “enxaqueca frequente”, indicando que eles experimentam uma média de duas ou mais enxaquecas por mês. Quase metade de todas as mulheres com enxaqueca (49%) e 35% dos homens com enxaqueca relatam ter vinte e quatro ou mais enxaquecas a cada ano.
Mais de um quarto dos enxaquecosos relatam múltiplas enxaquecas por semana. No entanto, apesar do impacto físico e emocional negativo das dores de cabeça da enxaqueca, estima-se que 16% de todos os enxaquecosos consultaram um médico sobre suas dores de cabeça no ano passado. Além disso, mais de 30% dos enxaquecosos nunca consultaram um médico sobre suas dores de cabeça.
Enxaquecas tendem a ter altos níveis de depressão e ansiedade, e enxaquecas têm um impacto profundamente negativo na qualidade de vida dos sofredores.
As pessoas com enxaqueca parecem ter maior sensibilidade psicossomática ao estresse.
As pessoas com dor crônica que sentem que não têm controle sobre sua dor geralmente têm mais experiências negativas de dor, maior incapacidade e saúde emocional menos positiva. Fornecer aos enxaquecosos ferramentas para ajudá-los a reduzir a frequência da cefaleia com intervenções psicossociais provavelmente aumentará sua percepção de controle sobre o início e a duração de suas dores de cabeça. Quando pacientes clinicamente comprometidos sentem maior controle sobre seus sintomas, eles relatam uma melhora do humor.
Existem uma variedade de abordagens não farmacológicas para prevenir e abortar a dor de cabeça.
As formas comuns de abordagens não farmacológicas incluem biofeedback (por exemplo, eletromiografia, aquecimento vascular), treinamento de relaxamento e treinamento de habilidades de enfrentamento, meditação e experiências espirituais.
Geralmente, a meditação parece ter um efeito positivo na saúde física e emocional positiva . A meditação tem se mostrado eficaz na redução da excitação fisiológica e psicológica ao estresse, e aqueles que praticam meditação têm 50-70% menos internações hospitalares e consultas médicas ambulatoriais.
Existem várias maneiras pelas quais a meditação pode reduzir a frequência e a gravidade da enxaqueca e melhorar a qualidade de vida de quem sofre de enxaqueca. O relaxamento é um método que parece ser eficaz na redução das dores de cabeça da enxaqueca. O controle comportamental das dores de cabeça mostrou que o treinamento de relaxamento geralmente resulta em uma redução de 35–40% na frequência das dores de cabeça. Embora o relaxamento possa reduzir a frequência das dores de cabeça da enxaqueca, a meditação pode aumentar esse estado de relaxamento.
Mindfulness ou Atenção Plena é uma técnica de regulação da atenção caracterizada pela consciência sem julgamentos do momento presente, portanto, uma forma de meditação.
Acredita-se que a atenção plena altera a maneira como os pacientes respondem à dor, tornando-a mais tolerável e facilitando o envolvimento em atividades significativas, apesar dos sintomas.
As intervenções baseadas na atenção plena ensinam habilidades de modificar a relação da pessoa com sua experiência de enxaqueca (incentivando uma “postura de observador”). As intervenções baseadas na atenção plena tem um efeito maior na incapacidade relacionada à cefaleia do que diretamente nos sintomas.
A redução da dor de cabeça não é o objetivo principal, mas sim a redução na quantidade de incapacidade experimentada relacionada à enxaqueca.
A prática da Atenção Plena exige o desenvolvimento de algumas técnicas e a respiração é um dos seus pilares mais importantes. Respirar corretamente ativa e regula o sistema nervoso autônomo.
Técnicas de respiração fazem parte das técnicas de meditação, então , para meditar tem que saber respirar corretamente.
Faça uma reflexão quanto a sua respiração agora e, observe como você respira. Se pela boca ou nariz. Se respiração curta ou longa. Se preciso de vez em quando respire profundamente para suprir falta de ar. Isso indica como vc respira.
A prática da meditação vai ajudar a respirar melhor, consequentemente vai equilibrar o sistema nervoso autônomo e assim, podendo reduzir a quantidade de incapacidade da dor de cabeça.
Espero que aproveitem essas dicas!
Edelberto Marques – EQUIPE HEAD & NECK FISIOTERAPIA
